sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Menos, de mim.

Geralmente se a sua vida está uma merda, costumo dizer que a culpa é basicamente sua. Com as suas devidas ressalvas, sempre. Não gosto daquelas pessoas que ficam dias e dias reclamando da vida, é um saco! Porra esta ruim? Faça alguma coisa, faz diferente, muda.

Eu costumo escrever para desabafar, tanto que a maioria dos meus posts aqui eram de coisas intensas, de momentos que eu precisa vomitar...


Talvez eu esteja passando por mais uma dessas fases ruins, eu realmente não sei. Só sinto a necessidade de interferir menos nas coisas a minha volta, de falar menos, de estar mais comigo e talvez menos com os outros. De sorrir menos para qualquer coisa. Talvez tudo isso resulte em alguns momentos de prantos, algumas possibilidades jogadas no lixo, algumas coisas que certamente eu deixarei para trás. Talvez eu precise arrumar a casa, para parar de pensar tanto nela, ou em mim. Essa é minha mudança e como sempre não há certeza de que é o certo ou o melhor... Talvez eu precise parar de pensar tanto...depois. Só acho que é o momento de menos.


Acho que eu queria sempre aquilo..., como não dá...resolvi me rearranjar assim.

Já percebeu o quanto gastamos energia pensando besteiras, pensando naquilo que não vale aquele tempo perdido pensando?....

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Pra ser incera... comigo mesma.


O tempo passou, claro que passaria
Como passam as vontades que voltam no outro dia...
Não consigo odiar ninguém - Engenheiros do Hawaii

Aqui estou novamente, de frente para mim mesma... cheia de pensamentos, conflitos, esperanças, saudade, sobriedade. Agendando mudanças e desejando do fundo do meu coração que as coisas melhorem.

Em alguns momentos é tão difícil se escutar, mas eu gritei. Chorei, pensei por breves instantes em acabar com tudo isso, mas por algum motivo não vejo essa com uma solução, e sim causa, de problemas para outras pessoas.

Em que momento alguém decidiu que eu iria gostar e perder aos 17? Aprender a conviver com isso junto com a mudança de cidade, morar sozinha, adultecer, ficar tão responsável(e preguiçosa), me envolver com um profissão fantástica e já me ver prestes a me formar só com 21. Realizada e insatisfeita.

Realizada com aquilo que vivo neste fim(tá, falta um ano) de faculdade, sei que estes 5 estágios e um TCC serão “minha prova de fogo”, meu desafio, provavelmente me surpreenderei com algumas coisas e eu sinceramente eu espero tudo isso. Até gosto da intensidade e da doação que o momento me exige, é a construção de algo concreto, desta vez para mim de verdade, para a vida real e independente.

Como aprender a conviver com uma dor incurável? Não sei responder isso. Só aprendi que isso não tem muita solução ou escolha do que continuar vivendo. Não posso resolver e em alguns momentos nem sei levar com tudo isso(idai que já fazem mais de 3 anos?), existirão sempre dias nublados e os ensolarados. Sempre. Sei lá, só não me parece muito justo, mas enfim......

É bom ver que não sou mais aquela adolescente, mas é ruim me perceber adulta. Agora ter 21 não significa nada. Tenho tido pesadelos com isso, sinceramente não quero ser desse mundo dos normóticos(é chato! e entediante). A busca por conformidade entre o interno e o externo continua, mas não eu não quero ficar por aqui.

Por andar só com meninos, eles sempre me disseram muita coisa. E eu gostava do personagem que isso tudo me ajudou a criar, me ajudou a desejar ser um alguém confiante, independente, sem frescura, cheia de opiniões e de atitude. Já que nunca me encaixei bem no papel de frágil ou de submissa. Gosto disso, e já “taquei muito foda-se” para quem não aguentava tudo isso. É tão bom me sentir bem, quando consigo me sentir bonita, sentir que o que eu sou é legal e que quem me interessa gosta, sentir que posso deixar muito do que passou para trás(principalmente quem nem merece algum tipo de consideração minha). Mas ultimamente tenho me sentido só invisível, só isso, nada do que descrevi acima, nada de potência.

Em alguns momentos penso que preciso me achar novamente de forma consistente, depois me afastar de tudo e de todos(claro, tirando a faculdade) para me reestruturar mentalmente. Não sei se é o melhor plano, mas é o que eu consigo pensar.

Não sei ainda quais são os melhores caminhos, mas estou traçando rotas, possibilidades. Vou colocar tudo isso em papeis, tentar materializar para visualizar...

Só o que sei que algo vai acontecer, mesmo que eu seja obrigada a isso.