Não é na data que eu me lembro que já não mais, eu não preciso "me lembrar" é só olhar para o lado e saber, é só olhar para a minha vida, é só pensar o quanto eu tive que reaprender a ficar sem, dia após dia, até hoje. E mesmo assim querer.
Tempo, nas nossas cabeças não existe e isso deixa tudo ainda mais misturado(e louco, e perto, e longe, e musicado, e (des)conexo, e irônico, e cheio de vontade/saudade tudo junto), imagino conversas, cores, sons e reações... mas não posso e isso me chateia. Ele vai ser sempre inalcançável, me sinto olhando uma imagem em um muro que eu tento pegar, acho que eu queria fazer parte da imagem ou entrar nela, está na minha frente e eu não consigo.

Mesmo tentando abrir pequenas portas, passagens, quase frestas ainda cautelosas, eu tento. Achei que gostava mais e escrevi para uma outra pessoa, não sei se entregarei, talvez se ainda permanecer o sentido. Ficou bobo e ridículo, sim como antes e não sei como serei compreendida. Esta também sou eu em outra face, esta sou eu cheia de confusão e um pouco de medo. E tem horas que eu me canso e chego a repensar se é isso mesmo.
Sempre me lembro o quanto tive horas de incondissionalidade e meu lado carente sente falta, falta de ser prioridade e que como antes alguém tenha tanta vontade que não se controle. Porque nossas mentes ficavam assim sem controle e eu queria alguém se permitisse SER assim às vezes, por inteiro em uma mesma sintonia. Só não sei se é querer demais.
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